quarta-feira, outubro 22

村山



São fortes aqueles que sobem montanhas?
São fortes aqueles que conquistam montanhas?
Ou serão fortes os que apenas contemplam montanhas?
Não. Não são estes,
Nem aqueles.
São as montanhas.

Grande, e imponente.
Parada ao horizonte.
Fazendo sombra,
Ou servindo sombra.
Verde, azul ou branca.
Lá, ela.
Com árvores, ou com neve.
Folha, galho, ou estepe.
Coberta de grama,
ou ainda,
Cheia de lama.

Montanhas.
A minha montanha, é comum.
Tão distante das outras,
Isoladas do resto.
Lá.

Eu.

E toda a família.

Seria absurdo pensar,
Que forte são aqueles que sobem,
Pois tão fracamente como subiram,
Covardemente,
Descem.
Uns com bandeiras,
Outros sem.

Pensando na montanha,
Lembrei de você.
Só conheci uma vez,
Mal me lembro.
Mas sempre que lamento,
É em você que eu sempre penso.

Não houve choro, ou lágrima,
Em que eu não pensei,
Que mesmo ausênte,
Lá estaria presente.

Faço do hoje, uma montanha firme.
Para que um dia, no alto contemple,
Você. Sorrindo.

Que descanse em paz, na montanha.
Aquela que um dia,
me aceitou como descendente.

Eu mal me lembro,
Mas se pudesse eu lembraria.
Mas eu sinto.

Todos os dias.


Fique na vila.

Na vila da montanha.
Ou na montanha da vila?

Quando subir a montanha, também olharei por eles.


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[IMG] http://casseybunn.deviantart.com/art/Sand-Mountain-135739469

segunda-feira, outubro 20

Um filme da vida estranha



No começo uma berradeira,
Interrompe a feia cena,
Uma mulher deitada na cama,
um bebê chorando à mama.
Será que foi assim?
Ou será que foi assado?
Mas no médico ou no quarto,
Foi igualmente,
Um parto.

Depois de uns passinhos,
Uns cortes e machucados,
Vem os assopros assoprados,
Da mulher com seus cuidados.
Logo logo tudo acaba,
Pois a puberdade vem malvada,
Enchendo de espinhas a feia cara.

Num momento, o primeiro beijo,
O primeiro drama do filme inteiro.
A língua toda enrolada,
Deixa a cena apavorada.

O primeiro emprego,
O primeiro carro,
O primeiro gesso.

A primera carta,
A primeira mala,
A primeira aula.

Tudo único e surreal,
Seria isso o sobrenatural?
Sem fantasmas ou aparições,
Tempestades ou furacões?
Ou seria isso, tudo real?

A magia do cinema,
Na vida costumeira,
Faz da arte bela estranha,
Parecer cotidiana.
Logo logo, vem o amor,
Já dizia um certo Carlos,
Que no final amou de fato,
Cheio de ardor e muito calor,
Jogando, ou jogado na cama,
Alí no chão, compõe a trama.
No piso duro,
Ou no tapete sujo.
Mas bem depois, descansam à cama.
Sobre os lençóis e fronhas,
dormem juntos e...
Roncam.

Mas depois, vem casamento,
Festas, noivados, e aniversários.
Cada bolo mais enfeitado,
Sem gosto, e sem saco.
Aturar a parentada,
Enchendo a sua casa,
É de fato um imenso fardo,
Porém o fardo, meus caros
É arte para os raros.

Depois novamente, vem o parto.
Novamente vem a mãe,
Vem o filho, vem o tio,
E quem sabe um afilhado!
Mentiras, fatos, e um bom estrado,
Uma casa, com banheiro, uma cozinha,
Uma escola, um teatro, e uma padaria.

Alguns com muito, outros com poucos.
Mas os filmes, são todos iguais,
Muda os atores,
Muda os diretores,
Mas o roteiro do final, parece plágio sem igual!

O fim do filme é esquecido,
Pois os atores envelhecidos,
como as resenhas de um velho livro,
acabam todos num mesmo plano.

Ou se queimam, ou se derretem,
Ou espera que se enterrem.

E pros que ficam, vêem os créditos,
Nesse filme da vida estranha,
A melhor saída é viver.
Pois no final, não há saída.

Hoje mesmo, se lhe interessa, vá comprar uma boa cama.


















[Mantra Bed, design de Mauro Bertame e está à venda por US$ 6.447 na Europe by Net]


E tal.

quinta-feira, outubro 16

Aquelas horas














Aquelas que passam,
Aquelas que chegam,
Aquelas que tardam,
e nunca desgastam.

São horas pra tudo.

Há tempo pro amor.
Há tempo pra dor.
Há tempo pra chorar
Há tempo pra rimar.

Há tempo pra viver,
Há tempo pra sofrer.
Há tempo pra sorrir,
Há tempo pra mentir.

Há também aquelas horas.
Aquelas cheias de graça,
Aquelas em que mesmo sem graça,
você vira e solta um sorriso,
Tímido, maroto, e arredio,
Naquelas horas,
encantada, abobada, apaixonada.

Quando fala bobagens,
Quando corta assuntos,
Quando diz que me ama,
Quando me joga na cama!

É nessas horas.
Naquelas horas.
Nestas, aquelas de outrora.

Que eu te amo.
Mais.

terça-feira, outubro 14

I'm X, what about you?




Walking in this Endless rain,
I feel Alive.

A Blue Blood runs into my veins.
I'm not a Joker anymore.
Not even that Desperate Angel.

Say anything you want,
But you won't see no more Tears.
You Stab me on the back,
Vanishing love.
All the dreams are Unfinished.
Look back and you'll see the Phantom of Guilt.

There are no Scars.
There is no Forever love.
There is no Weekend.

This is not a Silent Jealousy ,
This is me Standing Sex.

I can't deny my Sadistic Desire,
And you must know I'll Kill you.
So, Give me the pleasure
Of having an Orgasm?

This, Dear Loser, its The art of life.




[Toshi T-Earth Brazil, eu fui!]