terça-feira, setembro 22

À minha genitora




Nos momentos alegres,
Nos momentos tristes.
Trocando as minhas fraldas,
Aguentando minhas diabices.
Assoprando meu machucado,
Fazendo um suco bem gelado!

Ainda me lembro como ontem,
Da foto dentro do armário,
Das pipocas pela sala,
e sim, daquele monte de burradas.

Mas sempre lá, firme.
Só não tão firme com enxaqueca.
Mas eu levo sopa, chá e chaleira!

Amo-te desesperadamente,
Porquê na alegria e na tristeza,
lá tu estas, com os braços abertos.

Eu me recuso a acreditar.
Não! Não acredito.
Tenho certeza que você não mentiu,
é pra sempre.

Que em seu colo maternal,
Eu encontre novamente um berço.

Feliz, feliz e feliz (mesmo)
Aniversário.

quarta-feira, setembro 9

Perfure o papel


Despido de máscaras,
Despido de orgulho.
Sejas tu,
Assim nu.

Se olhe no espelho,
Sem medos e preceitos,
Encare seus defeitos,
E jogue fora,
aquelas demagogias fulas.
E jogue fora,
aquelas teorias efêmeras.

Não seja mais torto.
Nem seja mais reto.
Substitua a falsa honra,
Pela verdadeira mentira.
Não dê as palavras doces,
Dê as amargas, porém reais.

Desfaça as falsas promessas,
Esqueça as falsas dívidas.

Olhe pra si,
E minta.

E se você conseguir essa proeza, meu amigo,
Continue a viver sua farsa.

E quando morrer, lembre-se que não foi vida.